Historial

Esta aldeia pertence ao concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, sendo a mais próxima da vila (Pampilhosa da Serra).

 Tendo feito uma investigação minuciosa, não só por diversos  apontamentos como também contados por alguns Sobralenses  mais idosos e que retiveram na suas memórias a história de como começou esta aldeia, contadas pelos seus pais e avós.

Segundo estes antepassados contavam, esta aldeia de inicio chamava-se <Sobreiral>devido á existirem muitos sobreiros, esses sobreiros embora já em menor

numero devido a diversos incêndios que tem havido nesta aldeia e não só, ainda se encontram alguns.

 

Esta aldeia no passado sempre se encontrou muito isolada, embora geograficamente ser a povoação mais próxima da sede do concelho (Pampilhosa da Serra), tendo sido sempre um pouco discriminada relativamente ás outras aldeias vizinhas.

 Infelizmente nas minhas investigações nunca consegui saber qual o século que remonta o aparecimento desta aldeia (Sobral de Baixo), sempre ouvi dizer que esta aldeia foi iniciadas por pessoas que numa tentativa de fugir a uma vida de infortúnio se fixaram neste lugar. Segundo contam os antigos que os primeiros habitantes foram os denominados desertores e os condenados que eram deixados neste lugar para morrerem á fome. Acontece que devido á coragem e á força de subsistência aos  poucos foram sobrevivendo, com os meios que a natureza lhes dava, aos poucos construiram casas, conquistando também terras para cultivo, construindo inclusive paredes em pedra para suster essas terras de cultivo, ainda existem muitas dessas parede de pedra que representam o esforço de muitas gerações, que por esta aldeia passaram.

Durante alguns séculos, esta aldeia, apesar de se encontra mais perto da sede do concelho, viveu sempre isolada, os caminhos que existiam eram caminhos de cabra, eu ainda me recordo que quando os habitantes iam aos Domingos, á vila da Pampilhosa da Serra para assistirem á missa tinham que ir por um caminho muito íngreme e de mau acesso tendo por esse motivo levar o calçado mais velho que tinham e antes de entrarem na vila da Pampilhosa da Serra, trocavam de calçado por uns mais novos e bonitos.

 Quando os habitantes faleciam, eram transportados em caixões de madeira de pinho (feitos na noite da ocorrência, pelo único carpinteiro da povoação (José Maria Pedro), que por sinal era meu avô, esse transporte era feito pelos homens da aldeia ás costas por esse caminho de cabras que se chama embirrão.

Segundo tive conhecimento á muitos séculos atrás consta-se que ao levarem um morto por esse Embirrão devido á dificuldade do trajeto o deixaram cair indo a rebolar por uma ribanceira tendo esse infeliz morto ido parar ao ribeiro que passa a uns bons metros desse Embirrão, este trajo acontecimento já vem contado de pais para filhos.

A sua população apenas subsistia da agricultura. Cada habitante tinha pequenas parcelas de terreno em diversos sítios, entre vales e encostas, o árduo trabalho do campo apenas chegava para a subsistência das famílias, para colmatarem os fracos recursos provenientes da agricultura, exploravam o carvão e também a resina que ao sangrar os pinheiros retiravam esse liquido resinoso,  depois de terem os barris cheios lavavam-nos para a resineira que existia na vila da Pampilhosa da Serra, nos carros puxados por duas parelhas de bois.

 

                                                                            Sobral de Baixo

                                                                                   2021

 

                                                                        Presidente da L.M.S.B.

                                                                           Helder S. Almeida

 

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